EXCLUSIVO – O mercado de Capitalização está crescendo cada vez mais no Brasil. Segundo dados da FenaCap (Federação Nacional de Capitalização), o setor atingiu R$ 21 bilhões em receita até setembro e registrou seu melhor resultado dos últimos quatro anos, conquistando um crescimento de 17% quando comparado ao mesmo período em 2021.  As reservas do mercado são as maiores da história: R$ 35,8 bilhões, uma alta de 8,4%.

Marcelo Oliveira

“Os títulos de Capitalização constituem uma história de sucesso no Brasil e mostram-se resilientes, passando por crises e cenários de instabilidade ao longo dos anos. Algo que impulsionou muito o mercado foi o início do novo marco regulatório, ainda em 2019, que trouxe duas novas modalidades (o Instrumento de Garantia e o Filantropia Premiável) e mais transparência para o consumidor. Um dos diferenciais desse segmento é justamente a sua capacidade de se acoplar a outros setores na criação de novas soluções, o que gera mais oportunidades de negócios”, afirma Marcelo Oliveira, diretor de Produtos de Capitalização da Icatu.

Para Oliveira, outro fator que contribuiu para a expansão do segmento foi uma maior conscientização dos brasileiros sobre a importância do planejamento financeiro, impulsionada principalmente pela pandemia de Covid-19. Na Icatu, em outubro foi registrado um crescimento de 51% nas vendas dos produtos de pagamento mensal quando comparado ao ano de 2021. “Além disso, a transformação digital vem contribuindo para esse crescimento. Hoje, a empresa, através do seu portal de APIs, é capaz de entregar uma venda 100% digital para os clientes. Já estamos integrados aos aplicativos de diversos parceiros, onde o consumidor final, por meio de uma jornada intuitiva, pode customizar o produto que melhor atende às suas necessidades”.

Ainda de acordo com os dados da FenaCap, o Norte foi a região que mais apresentou crescimento (27,9%), seguido do Nordeste (25,8%), Centro-Oeste (21,9%), Sul (16,5%) e Sudeste (14,2%). Houve também um aumento nos recursos pagos em sorteios e resgates, um relevante incremento e injeção de recursos à economia, cujo montante superou R$ 16,4 bilhões. Segundo a entidade, os títulos tradicionais continuam liderando as vendas do setor, com 74% da receita, seguidos pela modalidade de Filantropia Premiável (11%), Instrumento de Garantia (11%), Incentivo (3%). Popular e Compra Programada somam 1%.

Oliveira reforça que para continuar crescendo, é preciso que o mercado invista em educação financeira, estimulando o acesso a informações sobre planejamento financeiro e também aos produtos existentes para esse fim. “Também apoiamos os nossos parceiros para que tenham cada vez mais domínio do tema e ofereçam os produtos com excelência. Afinal, são eles que estão, diariamente, conversando com o consumidor, orientando, informando, tirando dúvidas sobre os produtos que se adequam melhor ao perfil de cada pessoa ou família”.

Sobre as expectativas para a Capitalização em 2023, o executivo afirma que a Icatu está voltando seus esforços para parcerias estratégicas, focadas na jornada digital, e que as vendas do Garantia de Aluguel com pagamento parcelado devem crescer no próximo ano. “A operação do mercado imobiliário com Títulos de Capitalização traz boas perspectivas até pelo fato do produto representar, nos contratos em vigor, apenas 3% das garantias utilizadas no segmento. A grande maioria das garantias ainda traz a participação de fiadores, pessoas físicas. Mas, quando se olha para os novos contratos, o cenário muda, com as garantias financeiras passando a ocupar espaço maior. E, nesse ponto, o Título de Capitalização leva vantagem inclusive em relação ao Seguro Fiança Locatícia”.

Nicole Fraga
Revista Apólice

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