Vivemos um tempo de profundas transformações. O mundo pós-pandemia acelerou mudanças tecnológicas, econômicas e comportamentais que impactaram diretamente o mercado de seguros, um setor historicamente baseado em confiança, relacionamento e atendimento humano. Nesse novo contexto, o profissional do futuro precisa ser mais do que técnico: deve unir sensibilidade, adaptabilidade e domínio das novas ferramentas digitais.

Hoje, convivem até seis gerações dentro das mesmas organizações, o que amplia a diversidade de experiências, valores e expectativas. No setor de seguros, essa convivência exige comunicação clara, empatia e respeito às diferenças, especialmente entre profissionais que lidam diariamente com clientes em momentos de incerteza e vulnerabilidade. Saber ouvir e interpretar com precisão torna-se tão essencial quanto compreender cláusulas e apólices.

A revolução tecnológica trazida pela inteligência artificial já é realidade nas seguradoras: da análise preditiva de riscos ao atendimento automatizado, passando por sistemas que agilizam cotações e sinistros. Ferramentas inteligentes, como plataformas que criam relatórios e apresentações em segundos, aumentam a produtividade. No entanto, também geram um alerta: quem não buscar atualização constante pode ver suas funções ameaçadas pela automação. O aprendizado contínuo deixou de ser opcional. É um compromisso profissional.

Mas, apesar da tecnologia, o diferencial humano continua sendo o grande valor do setor. Habilidades como inteligência emocional, empatia e comunicação assertiva são fundamentais para oferecer um atendimento centrado no cliente, construindo relações de confiança que nenhuma máquina é capaz de substituir. Gentileza, escuta ativa e respeito tornam-se ativos estratégicos em um mercado onde o cliente busca segurança, mas também acolhimento.

O profissional do futuro no mercado de seguros é aquele que entende que cada apólice representa mais do que um contrato: representa histórias, sonhos e pessoas. Ele alia tecnologia e propósito, usa a inovação para simplificar processos e dedica o tempo poupado àquilo que a IA nunca fará: construir relações de confiança e desenvolver soluções sob medida, alinhadas às necessidades individuais de cada cliente, com foco na proteção do patrimônio e, principalmente, das famílias.

Raphael Cunha, executivo do setor de seguros, representante do Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindsegnne).

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