O setor de planos odontológicos registrou um marco impressionante, atingindo 32,7 milhões de Beneficiários, conforme dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) divulgados em março de 2024. Esse número representa um aumento de 7,23% em comparação ao mesmo período do ano anterior, refletindo uma tendência ascendente no cuidado com a saúde bucal no país. Comparando fevereiro de 2024 com janeiro de 2024, observa-se um acréscimo de 231.300 usuários, evidenciando a contínua adesão a esses planos. Em três Estados (Alagoas, Bahia e Paraíba), o número de beneficiários de planos odontológicos ultrapassou os de plano médico hospitalar.

O crescimento significativo dos planos odontológicos é impulsionado por diversos fatores, incluindo a acessibilidade financeira, com um ticket médio mensal de aproximadamente R$ 20, aliada à facilidade de aquisição e uma crescente conscientização sobre a importância da saúde como um todo, especialmente após os desafios enfrentados durante a pandemia da Covid-19.

Para Roberto Seme Cury, presidente da SINOG (Associação Brasileira de Planos Odontológicos), que representa 72% do mercado, “investir em planos odontológicos proporciona um excelente custo-benefício para empresas e para a população em geral, garantindo acesso a tratamentos de qualidade em todo o território nacional”.

A oferta crescente de canais de comercialização online facilita a pesquisa e contratação dos planos, permitindo aos beneficiários acessar informações detalhadas sobre coberturas oferecidas, redes credenciadas, carências, preço, meios de pagamento, diferenciais das empresas, tudo sem sair de casa.

Além disso, geralmente os planos odontológicos não cobrem apenas tratamentos básicos, como consultas de rotina e limpezas, mas também podem incluir procedimentos mais complexos, como implantes e próteses dentárias. Esses produtos desempenham um papel crucial na prevenção de uma variedade de doenças, incluindo problemas cardíacos, diabetes, hipertensão, entre outros. “Essa conscientização sobre a relação entre saúde bucal e geral tem contribuído significativamente para o aumento da adesão a esses planos”, comenta Cury.

Outro aspecto relevante destacado por Cury é a mudança significativa no perfil dos beneficiários, com um aumento expressivo nos planos individuais, que se tornaram uma opção atraente para novos clientes. Segundo o relatório da ANS, a maioria dos planos (23,6 mil) é coletivo empresarial, enquanto os familiares e individuais representam 5.565 mil Beneficiários e 3.61 mil estão na modalidade coletivo por adesão. “No começo, a maioria das operadoras ofertavam esse benefício a um custo muito baixo somente para planos empresariais. A oferta de planos por adesão também tem se expandido, atraindo novos beneficiários”, diz Dr. Cury. Os planos individuais foram os últimos a serem incorporados na linha de produtos disponíveis das operadoras, e embora já tenham um bom número de Beneficiários, ainda têm um “churn” muito alto. “É um comportamento imediatista do consumidor que busca o plano apenas para realizar um tratamento sem pensar na saúde bucal ao longo da vida toda. Esta cultura precisa mudar, mas leva tempo”, complementa.

Embora a utilização dos planos por beneficiário em consultas médicas e procedimentos odontológicos tenha registrado uma redução, no relatório atual consta que a utilização do plano por beneficiário em consultas médicas, internações e procedimentos odontológicos no 4º semestre de 2023 está abaixo do registrado em 2019. Isso é interpretado como um reflexo da maior conscientização sobre a importância da prevenção e do cuidado com a saúde como um todo. Os planos odontológicos desempenham um papel fundamental nesse aspecto, permitindo que os beneficiários recebam o acompanhamento necessário para manter uma boa saúde bucal e geral. “A prevenção continua sendo a melhor maneira de manter a saúde oral e, com os planos odontológicos, conseguimos ter o acompanhamento necessário, manter a profilaxia em dia o diagnóstico precoce de cáries e de problemas periodontais e prevenir que um quadro simples se agrave, evitando um tratamento mais longo e custoso, finaliza o presidente.

N.F.
Revista Apólice

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