Inflação controlada, as consequências da guerra já conhecidas e precificada pelo mercado, posse do novo governo e diretrizes apresentadas formam um cenário mais estável e previsível com boas perspectivas de crescimento para as seguradoras em 2023, na avaliação de Altevir Prado, presidente do Sindseg PR/MS (Sindicato das Seguradoras do Paraná e Mato Grosso do Sul).

“Abrimos as cortinas de 2023 com todas essas questões externas e internas mais acomodadas. Inflação e sinistralidade estáveis permitem que as seguradoras possam planejar melhor suas operações e ter excelentes resultados neste ano”, afirmou Altevir Prado em depoimento para a TV Sindseg PR/MS.

Um relatório divulgado recentemente mostrou que a inflação fechou 2022 na casa de 5,60% e a estimativa do IPCA para 2023 é de 3,65%, ou seja, previsão de que a inflação fique dentro da meta. O representante das seguradoras lembrou que a inflação vinha oscilando sempre acima de dois dígitos nos últimos anos, o que segundo ele, impactou bastante principalmente o seguro de automóveis.

“Nós passamos por um realinhamento de preços necessário dado o processo inflacionário que tivemos até o início do ano passado. É claro que isso provocou alguma dor no consumidor, perdemos um percentual de pessoas que consumiam seguros e deixaram de consumir, mas sem muito solavanco, tínhamos que passar por esse realinhamento”, afirmou. “A maioria das seguradoras têm publicado resultados positivos, o que permite uma solvência para o mercado e que as seguradoras entrem em 2023 com mais certezas e com um caixa mais adequado”.

Prado citou algumas modalidades de seguro que sustentaram o crescimento do setor no último ano ainda em cenário adverso. “O seguro garantia, que cresceu no ano passado 70% e o seguro rural, que cresceu 41%. Esses dois produtos puxaram o crescimento do mercado de seguros em 2022 cerca de 18% (janeiro – outubro). Mesmo descontando a inflação, ainda se tem um crescimento real na casa de 11%, desempenho bem melhor do que a economia brasileira apresentou (cresceu cerca de 2,5%”)”.

Mudanças e tendências

Em 2021 e 2022 o mercado de seguros se reorganizou, ocorreram fusões, compras de algumas seguradoras por outras, o mercado caminhou para uma especialização e verticalização. “Ainda não sabemos bem o resultado disso, porque é um processo muito recente. Imaginamos que os frutos serão colhidos agora em 2023. Então, se as seguradoras acertaram nas suas estratégias de verticalizar suas ações, é muito provável que, aliado a esse outro cenário econômico e político mais acomodado, precificação e sinistralidade mais acomodadas, com as estratégias comerciais alteradas, possamos ter um ano de 2023 bastante positivo”, finalizou o presidente do Sindseg PR/MS.

N.F.
Revista Apólice

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