EXCLUSIVO – Na manhã desta terça-feira (23/04), a Aconseg-SP (Associação das Empresas de Assessoria e Consultoria de Seguros do Estado de São Paulo) reuniu assessorias, seguradoras e corretores para lançar o 8º Relatório Aconseg-SP. Ricardo Montenegro, presidente da entidade, e o economista Francisco Galiza, que foi o responsável técnico pelo levantamento, apresentaram os dados da Associação e comentaram sobre perspectivas, tendências e oportunidades do mercado de seguros.

“O Relatório é uma das nossas iniciativas que têm como objetivo trazer mais transparência e visibilidade aos serviços realizados pelas assessorias de seguros. 2023 foi um ano espetacular para a Aconseg-SP, que completou 20 anos de trabalho em prol do setor. Ingressamos em 2024 com uma diretoria nova e espírito de renovação, mantendo o respeito com nossos parceiros e associadas. Este Relatório irá nos ajudar a ampliar nossa atuação, pois ainda há muito o que se fazer e desejamos estimular os corretores a expandirem suas carteiras de produtos, levando mais proteção aos clientes”, disse Montenegro.

Desde 2016, a entidade divulga anualmente o Relatório, que visa avaliar o perfil, o comportamento, as expectativas, estratégias e desafios do segmento. No ano passado, as 41 associadas da Aconseg-SP produziram R$ 3,3 bilhões de prêmios, registrando um crescimento de 20% em comparação a 2022. De acordo com a pesquisa, há oito anos as assessorias ligadas à Associação tinham um total de 384 colaboradores. Atualmente, este número chega a 643, uma variação de 67% no período.

“Outro ponto que precisamos ressaltar é a quantidade de corretores com os quais estas 41 assessorias trabalham. Em 2023, este número era de quase 45 mil, uma variação expressiva em relação a 2026, quando havia um pouco acima de 15 mil parceiros. Entretanto, o fato do corretor estar cadastrado em uma assessoria não significa que ele tenha uma boa produção com a mesma. Além disso, esses 45 mil corretores são cadastrados em seguradoras parceiras, oriundos de uma base aproximada de 20 mil corretores” afirmou Montenegro.

O Relatório apontou que a maior presença das assessorias associadas à Aconseg-SP está na capital paulista, com 60% a 65% dos negócios das filiadas. A diferença se situa no interior e fora do Estado. Entretanto, foi possível constatar que quando avaliada a proporção de receita de prêmios capital/interior de toda a operação do mercado de seguros em São Paulo, a relação beira os 50/50. “A maior dificuldade das assessorias é o material humano. Falta investimento na capacitação e treinamento de novos funcionários. Uma das nossas metas é ampliar a atuação da Associação no interior, firmando novas parcerias e atraindo mais pessoas para o segmento”, ressaltou o presidente.

Sobre a distribuição dos prêmios segundo os ramos de seguros, separados em Automóvel, Saúde, Pessoas, Ramos Elementares (RE) e Demais Ramos, a pesquisa constatou que a liderança está dividida entre Auto, com aproximadamente 54% do total, e Saúde, com 34%. “No segundo semestre de 2020, quando vivíamos o auge da pandemia, a participação nas carteiras dos dois ramos principais chegou a ser praticamente idêntica, com 45% cada um. Porém, com a diminuição dos efeitos da Covid-19 e o maior desenvolvimento da economia, o Auto veio recuperando aos poucos a sua posição anterior, em termos de quantidade e preços, entretanto, sem atingir o maior nível existente na década passada, de quase 60%. Em 2023, as associadas da Aconseg-SP atingiram 7,5% de participação na produção deste ramo em todo o Estado”, disse Galiza.

Uma das perguntas enviadas às associadas foi sobre quais eram as suas previsões de crescimento em 2024. Mais da metade das empresas acham que a variação será de 10 a 20%. A Aconseg-SP estima o valor de 13% de variação neste ano, ou seja, a expectativa é que  faturamento de prêmios passaria de R$ 3,3 bilhões para R$ 3,7 bilhões. “2023 foi um ano favorável em termos econômicos para o setor de seguros no Brasil, espelhando o comportamento da própria economia, que teve uma alta de 3%, com a inflação dentro da meta e o desemprego em queda. Além disso, as taxas de sinistralidade foram menores, os juros estavam mais favoráveis, as despesas administrativas em queda e o mercado arrecadou mais. Acredito que neste ano não seja diferente”, afirmou o economista.

O Relatório também constatou que 77% das associadas consideram novas parcerias muito importantes para os seus negócios. 61% delas também disseram que trabalhar com novos produtos é fundamental. “A parceria com as assessorias é extremamente necessária para as seguradoras, pois o corretor atendido por este canal gera menos demanda para as companhias. Vamos continuar trabalhando para que a Aconseg-SP cresça cada vez mais, fazendo com que cada vez mais brasileiros contem com a proteção que somente o seguro pode proporcionar”, reforçou Montenegro.

Nicole Fraga
Revista Apólice

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