EXCLUSIVO – Dentro da sua política de crescimento inorgânico da MDS, a compra da Conset é a décima operação nos últimos cinco anos, sempre com uma semelhança: trazer um conhecimento novo, ou uma ocupação geográfica nova ou para aumentar a representatividade em algum nicho de mercado. “Não olhamos para a sinergia de custos. Para nós, 1+1 deve ser igual a 3. Nosso foco é onde podemos alavancar a atuação de uma corretora para que ela faça mais do que ela já fez sozinha”, explica Ariel Couto, CEO da MDS Brasil.

A Conset tem atuação forte na área de infraestrutura, com protagonismo na área de concessões, grandes obras etc. A empresa agrega conhecimento técnico profundo no segmento, com equipe de mais de 40 profissionais altamente qualificados e carteira de clientes diferenciada.

Couto destaca que uma corretora de seguros não é uma fábrica. “Vendemos aos clientes nosso serviços, as soluções que as equipes são capazes de desenvolver. Por isso, tomamos muito cuidado com as pessoas, a integração e o acolhimento”. Segundo o executivo, a estratégia de comunicação começa com as equipes das duas empresas, mostrando que não há ameaças e que o horizonte dos colaboradores é ampliado ao fazer parte do Grupo MDS que, por sua vez, faz parte de outro, como o Grupo Ardonagh.

Aos poucos, em um período que varia de três a cinco anos, a MDS espera integrar as equipes que chegam às já existentes. Por enquanto, atuam como células. “Recursos humanos é uma área estratégica”, ensina Couto, acrescentando que sempre procuram acertar mais, respeitando a marca, a gestão e o modelo operacional das empresas adquiridas.

A estratégia de transição de marca não é imediatista, para respeitar o que foi construído anteriormente. A Conset é uma empresa de 25 anos e ela continua com o nome, acrescentando que ela pertence ao Grupo MDS.

Couto avalia que o mercado de distribuição de seguros no Brasil é muito fragmentado, sendo que o líder não possui mais do que 2% de market share. Os corretores menores precisam se movimentar, de formas distintas. “O momento agora é de escassez de capital, seja por private equity ou por financiamento bancário, o dinheiro está mais caro. Novas compras dependem do apetite dos acionistas e das oportunidades. Especificamente da MDS, nossos acionistas (Grupo Ardonagh) veem no BRasil uma geografia estratégica para seguir fazendo a consolidação e nós seguimos olhando as oportunidades”, adianta Couto.

Kelly Lubiato

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