EXCLUSIVO – Para atender a uma antiga demanda de colecionadores, a Ezze Seguros lançou ontem (29) o Seguro para Veículos Clássicos, em uma parceria com a Howden Seguros. De acordo com Gabriel Bugallo, vice-presidente Técnico da seguradoras, o produto é destinado a cobrir o casco dos carros. “Tratá-se de uma cobertura “all risks”, incluindo roubo ou furto qualificado, que cobrirá o carro a todo momento dentro do território nacional”.

De acordo com dados da Federação Brasileira de Veículos Antigos, no país existem cerca de 1,2 milhão de colecionadores, que possuem em média de 2,7 veículos históricos por proprietário, sendo que 79% são associados de clubes e 88% frequentam eventos. O antigomobilismo é uma prática que atrai milhões de adeptos, com uma grande variedade de eventos, centenas de clubes e uma federação própria. No relatório mais recente da Fédération Internacionale des Véhicules Anciens (Fiva), o Brasil aparece como o país com maior número de adeptos do movimento na América Latina.

A expectativa da Ezze Seguros, segundo Bugallo, é entregar uma solução que responda às expectativas dos colecionadores. “Queremos ir evoluindo no produto junto à experiencia dos antigomobilistas e, assim, responder uma demanda de mercado ainda insatisfeita pela indústria. Ao entregar uma solução para os colecionadores, as vendas acompanharão”, aponta o executivo.

Bugallo acrescenta que o produto vai ser lucrativo. “Não podemos pensar numa solução sustentável se não seja lucrativa para todos seus participantes”. No início será oferecida a cobertura do bem “all risks”. “Já estamos preparando mais novidades que irão complementar a jornada de um colecionador”, completa.

Andoni Hernandez Bengoa e Ricardo Minc

O Seguro para Veículos Clássicos foi lançado para atender um bem que faz parte do mundo emocional de seu colecionador. A sua proteção é bastante relevante para o proprietário, pois trata-se de um bem com valor afetivo, além do financeiro. “O hobby implica um investimento de grado médio para uma parte dos consumidores”, classifica Bugallo.

De acordo com Andoni Hernandez Bengoa, presidente da Howden Brasil, destaca que o antigomodelista trata o seu carro como uma joia, uma obra de arte. “O uso do colecionador é diferente. Este é um nicho no qual já nos destacamos na Europa. Fizemos a tropicalização e estamos lançando agora, organizando os parceiros e a rede de vistoria dos veículos, porque a qualificação do ativo também é diferente”. Este é um produto que complementa a carteira para alta renda, que inclui também aviões, navios e obras de arte.

Aproveitando seu conhecimento e experiência em seguro para obras de arte, Ricardo Minc, diretor de Sport Media, Entertainment and Specie da Howden Brasil, iniciou as conversas com a FIVA para desenhar o produto. “A dor do colecionador era não ter uma apólice com custo adequado, pois o veículo antigo era tratado como um automóvel comum”. O processo de avaliação do carro é o grande trunfo do produto. Minc avalia que o público consumidor potencial seja de 100 mil veículos.

Em breve., Ezze e Howden devem anunciar alguns serviços auxiliares para o produto. “Sem dúvidas que encontrar profissionais aptos para uma correta manutenção e o acesso a peças adequadas lideram o ranking das necessidades dos antigomobilistas”, conclui Bugallo.

A comercialização do produto será feita pela Howden em parceria com outros corretores que sejam especializados em produtos diferenciados.

Kelly Lubiato

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